quarta-feira, 25 de maio de 2011

“KIT ANTI-HOMOFOBIA” _ Nota Oficial | Ipê Rosa | Grupo Oxumarê – Direitos Humanos da Negritude e Homossexualidade


“KIT ANTI-HOMOFOBIA”

Nota Oficial | Ipê Rosa | Grupo Oxumarê – Direitos Humanos da Negritude e Homossexualidade

Consternados, os Grupos: Ipê Rosa, com seus 15 anos de existência em defesa dos direitos civis de Guéis, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transgêneros (LGBTT), em conjunto com a entidade irmã, Grupo Oxumarê de Direitos da Negritude e Homossexualidade, ambos membros efetivos do Conselho Estadual LGBT (Goiás); recebemos a informação pelos meios de comunicação de que a presidenta Dilma Rousseff suspendeu o “kit anti-homofobia”, encomendado pelo Ministério da Educação (MEC), que posteriormente com o debate de especialistas e a sociedade, seria distribuído nas escolas do país.

Ao tomar tal decisão, a excelentíssima Chefe do Poder Executivo, eleita democraticamente com o voto de muitos dos LGbts brasileiros, presta um desserviço a Nação. Se deixando levar por pressões de grupos fundamentalistas religiosos e do espólio politiqueiro; descumprindo um dos princípios pétreos assegurados na Constituição Cidadã (1988): a laicidade do Estado Brasileiro. Tal suspeição, só traz mais preocupações a jovens, homens e mulheres que por exercerem sua sexualidade, na contramão de uma maioria, sofrerão ainda mais com a hostilidade e violência nos ambientes escolares.

Como é de notório saber, a Senhora Dilma Rousseff , convocou em 2010 a Conferência Nacional de Educação, que em diversos grupos temáticos, alicerçaram o caminho da Educação para a Diversidade e Cidadania, com um principio a ser alcançado, dentre a metas do Plano Nacional de Educação (PNE) 2011-2021. Por conseguinte é sabedora da MOÇÃO DE APOIO: Por uma Educação Inclusiva com Justiça Social e Igualdade de Direitos LGBT: pelo respeito à Diversidade Sexual na Educação, assinada por 20 entidades representativas da sociedade educacional e estudantil brasileira, dentre elas: ANPED, CNTE, UNE, UBES, FNCE e a nossa entidade nacional ABGLT, proponente do texto, que em extrato utilizaremos para a busca de reflexão de Vossa Excelência, que por hora, ainda pode corrigir esse equívoco.


“Por fim, lembramos que o direito à proteção contra qualquer discriminação nos é assegurado pelo Art. 7º da Declaração Universal dos Direitos Humanos sendo a Educação também um direito de todas e todos, mas que em nossa sociedade a escola se mostra um espaço de reprodução de preconceitos em relação aos que não cumpre a norma heterossexual, onde a Diversidade Sexual não é discutida nem valorizada apesar de estar presente nos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN´S como tema transversal que deveria ser trabalhado em sala de aula, espaço esse em que 30% dos estudantes não gostaria de ter um/a colega homossexual, 60% dos professores não sabe lidar com a situação, e bater em LGBTs foi apontado como exemplo menos grave de violência nas escolas, (UNESCO,2004), o que confirma a necessidade urgente de implementação de políticas públicas educacionais (com a necessária previsão orçamentária) que visem combater a homofobia que ainda permeia nossos sistemas de ensino “. (CONAE/2010: MOÇÃO DE APOIO: Por uma Educação Inclusiva com Justiça Social e Igualdade de Direitos LGBT: pelo respeito à Diversidade Sexual na Educação).

Goiás/Goiânia, 26 de maio de 2011.


Eduardo de Oliveira Silva - Grupo Oxumarê
Marco Aurélio de Oliveira – Ipê Rosa

quinta-feira, 19 de maio de 2011

GOIÁS PRECISA AVANÇAR NA LUTA CONTRA A HOMOFOBIA



Mesmo com os avanços no campo social e da recente decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), em reconhecer e equiparar a união homoafetiva (convivência sexual e afetiva de pessoas do mesmo sexo), à união civil estável heterossexual (pessoas de sexos diferentes), garantindo os mesmo direitos civis: divisão de bens, inclusão do parceiro (a) no plano de saúde, declaração conjunta do Imposto de renda, adoção, etc; muito há de ser feito para que a comunidade de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais (LGBT), possa ter seus direitos respeitados em todos os espaços sociais na medida em que o combate a homofobia (aversão a lgbts), seja implementada.

Em contraposição à intensificação na articulação entre os grupos fundamentalistas de grupos fundamentalistas religiosos e políticos, o Governo do Estado de Goiás, respeitando decisão da 1ª Conferência Estadual LGBT, realizada em 2008, criou desde o mês março deste ano a Gerência da Diversidade, na Secretária de Políticas para as Mulheres e Promoção da Igualdade Racial (SEMIRA).

O compromisso do Governador Marconi Perillo, com o movimento “gay” (sic), não é de hoje. Remete-se a 2002 quando o Governador em um gesto simbólico de respeito entregou ao movimento, uma bandeira do Arco-Íris, de 50 metros (símbolo da luta Gay/Lésbica Internacional), em pleno centro da capital goiana.

O órgão promotor da política LGBT, no caso a SEMIRA e sua Gerência por sua vez, tem vários desafios: a começar pela efetiva incorporação real dos LGBTs, até no nome da Secretaria (que ainda está e deve continuar invisível); perpassando pela tradução em realidade de ações coordenadas com as demais pastas do Governo, com vistas a ampliar o leque: Educação e Saúde, caminhando para a Cidadania, Trabalho, Esporte, Meio Ambiente, Fazenda e Planejamento. Restabelecer legalmente e financeiramente o Conselho Estadual LGBT, é outro desafio importantíssimo como espaço de consulta e formulação da Política Pública, equitativa.

Um bom momento para essa reflexão é o dia Mundial de Combate a Homofobia, comemorado dia 17 de maio, na data que rememora a decisão da Organização Mundial da Saúde (OMS), que retirou em 1990, o termo Homossexualismo da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID).

O desafio de combater preconceitos é de todos que acreditam em uma sociedade que respeite a diversidade em suas mais extensas formas: Sexual, Racial, Religiosa, Cultural, Econômica. A julgar pelo lento legislativo estadual e federal, moroso e conservador, saudamos uma parcela combativa de Deputados e Deputadas que se atinam nas discussões da comunidade LGBT, fazendo um chamamento para que, em conjunto com o movimento social, discutam instrumentos legais que punam agentes públicos e privados que discriminam gays. Se é permitido a um casal hétero o direito a trocar caricias e afetividades, porque gays e lébicas, não podem ter esse direito? Se uma churrascaria cobra um determinado valor ao casal heterossexual, porque o casal gay, não tem o mesmo privilégio? Por quê?

Para acabar com esses porquês, precisamos nos unir: héteros, gays, lésbicas, travestis, homens e mulheres, cristãos católicos e protestantes, que acreditam na cultura da paz e no amor, para em alguns longos e tortuosos dias, não mais precisemos de dias para manifestar nossa indignação quanto a preconceitos de qualquer ordem.


Eduardo de Oliveira Silva (Dudu), Geógrafo , Diretor do Grupo Oxumaré e Membro do Conselho Estadual LGBT, representando a Universidade Estadual de Goiás.

Homorrealidade: Veja o que aconteceu no 8º Seminário LGBT na Câmar...

Homorrealidade: Veja o que aconteceu no 8º Seminário LGBT na Câmar...: "Com informações do MixBrasil Foi realizado nesta terça-feira (17) o 8º Seminário LGBT, durante as comemorações do Dia Internacional de Lu..."

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Veja os direitos que os homossexuais ganham com a decisão do STF

http://ultimosegundo.ig.com.br/brasil/ve...

Primeiros registros de união estável já aconteceram em Goiânia e Curitiba



Primeiras uniões de gays são registradas em Goiânia e CuritibaNesta segunda-feira, 9, os cartórios do Brasil começaram a registrar uniões entre dois homens e duas mulheres. Os primeiros registros aconteceram em Goiânia e Curitiba, respectivamente.

Em Goiânia o jornalista Léo Mendes, 47 anos, uniu-se ao estudante Odílio Torres, de 23 anos, no 4º. Cartório Civil de Goiânia. A união aconteceu às 11h e foi o primeiro do Brasil. O casal uniu-se em comunhão parcial de bens e agora pretende adotar uma criança.

Logo em seguida, às 14h, Toni Reis, 46, e David Harrad, 53, juntos há 20 anos, uniram-se em Curitiba. Logo após o registro no sexto tabelionato de Curitiba, no centro de Curitiba, o casal foi até a Vara da Infância e Adolescência requisitar a adoção de um casal de crianças. Toni e David farão festa na noite desta segunda-feira para convidados.
EM GOIÂNIAPrimeira união homoafetiva após reconhecimento do STFRedação de O Popular Goiânia registrou a primeira união homoafetiva do País depois do reconhecimento do Superior Tribunal Federal (STF). O casal Liorcino Mendes Pereira Filho, 46 anos, presidente da Aliança LGBT Goiás, e o estudante Odílio Cordeiro Torres Neto, de 23 anos, assinaram na manhã desta segunda-feira, às 11h30, no Cartório Francisco Taveira, uma escritura de união estável.O casal, que está junto há um ano, disse que o próximo passo é lutar por uma lei que criminalize a homofobia. Pela lei, o casal homossexual passa a ter os mesmos direitos que um casal heterossexual. Isso inclui o reconhecimento do direito de receber pensão alimentícia, de ter acesso à herança do companheiro em caso de morte, além de poder ser incluído como dependente em planos de saúde. A decisão do STF, aprovada no último dia 5 de maio por sete votos a zero, permite, ainda, a possibilidade de adoção de filhos e de registrá-los em nome do casal
Fonte: Mix Brasil e Jornal O Popular