segunda-feira, 8 de março de 2010

8 DE MARÇO É DA MULHER


História

As mulheres do Século XVIII eram submetidas à um sistema desumano de trabalho, com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais

O Dia Internacional da Mulher, 8 de março, está intimamente ligado aos movimentos feministas que buscavam mais dignidade para as mulheres e sociedades mais justas e igualitárias. É a partir da Revolução Industrial, em 1789, que estas reivindicações tomam maior vulto com a exigência de melhores condições de trabalho, acesso à cultura e igualdade entre os sexos. As operárias desta época eram submetidas à um sistema desumano de trabalho, com jornadas de 12 horas diárias, espancamentos e ameaças sexuais.

Dentro deste contexto, 129 tecelãs da fábrica de tecidos Cotton, de Nova Iorque, decidiram paralisar seus trabalhos, reivindicando o direito à jornada de 10 horas. Era 8 de março de 1857, data da primeira greve norte-americana conduzida somente por mulheres. A polícia reprimiu violentamente a manifestação fazendo com que as operárias refugiassem-se dentro da fábrica. Os donos da empresa, junto com os policiais, trancaram-nas no local e atearam fogo, matando carbonizadas todas as tecelãs.

Em 1910, durante a II Conferência Internacional de Mulheres, realizada na Dinamarca, foi proposto que o dia 8 de março fosse declarado Dia Internacional da Mulher em homenagem às operárias de Nova Iorque. A partir de então esta data começou a ser comemorada no mundo inteiro como homenagem as mulheres.


Mulheres: cada vez mais vítimas da AIDS

É assustador: o número de mulheres infectadas com o vírus da AIDS não pára de crescer. O aumento do número de casos de HIV na população feminina durante a última década foi de 44% entre 1996 e 2005.

Para se ter uma idéia, aqui vão alguns fatos e estatísticas fornecidos pela UNIFEM, da Organização das Nações Unidas.


· Em 2000, um milhão e 300 mil mulheres morreram de AIDS.

· Até 2003, existiam no mundo cerca de 20 milhões de mulheres contaminadas com o HIV. Ou seja, o equivalente a 51% do total de pessoas com o vírus.

· Em certas regiões da África, as adolescentes têm cinco vezes mais chances de contraírem o vírus da AIDS do que os rapazes. É que elas se contaminam através das relações com homens mais velhos, não com os meninos de sua idade.

Um dos países com melhor política de prevenção à AIDS é a Uganda, que conseguiu reduzir à metade a taxa de contaminação do HIV em meio às mulheres que participaram dos programas educativos.

Merece atenção o fato de que, em muitas culturas, lares, comunidades, ainda há mulheres sem direito de escolha. Na hora do sexo, não podem se recusar a ter relação sexual quando não a desejam, nem podem negociar o uso do preservativo.

Então, o pior pode acontecer: muitas mulheres contraem o vírus da AIDS através de seus próprios maridos ou parceiros. Ainda de acordo com estudos da UNIFEM, no Zâmbia, menos de 25% das mulheres pensavam ser possível a uma mulher recusar-se a fazer sexo com o marido - mesmo se ele fosse nitidamente infiel e estivesse infectado com o HIV.

No mesmo estudo, apenas 11% das mulheres acreditavam que uma mulher poderia pedir ao marido que usasse a camisinha nessas situações.

Outra pesquisa, realizada em 17 países, revelou que mais da metade das garotas pesquisadas não soube citar um método de prevenção do vírus da AIDS.

E, o que é talvez mais alarmante: quem vê cara, não vê... HIV. Isto mesmo! Em muitos países africanos, mais da metade das meninas de 15 a 19 anos responderam que não sabiam que uma pessoa de aparência saudável poderia ser portadora do HIV e transmiti-lo a outras pessoas. Ingenuidade que pode ser fatal.

Diante de tudo isso e, principalmente, do crescimento do número de mulheres infectadas pelo vírus HIV, a ONU escolheu o tema "Mulheres, meninas, HIV e Aids" como lema para Dia Mundial de Luta Contra a Aids de 2004. O IBGE teen tratou desse assunto no link Mulheres na berlinda, no Dia Mundial de Combate à Aids - 1 de dezembro.

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